– Ela é tão livre que um dia será presa.
– Presa por quê?
– Por excesso de liberdade.
– Mas essa liberdade é inocente?
– É. Até mesmo ingênua.
– Então por que a prisão?
– Porque a liberdade ofende.
Clarice Lispector
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Imagens que falam
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Jupter
Descoberta Aterrorizante do Telescópio James Webb em Júpiter Muda Tudo!
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Piano de pau x aporrinhola
Por que as antigas mídias têm de mudar de nome quando surge uma nova?
Ruy Castro, FSP, 27/08/2022
Orson Welles gravou "Cidadão Kane" em 1941? É verdade que a Warner queria Ronald Reagan, e não Humphrey Bogart, no papel de Rick Blaine, na gravação de "Casablanca" (1942)? Que Hitchcock teve de superar a insegurança de Kim Novak nas gravações de "Um Corpo Que Cai" (1958)? E que Marilyn Monroe levou Billy Wilder à loucura ao se atrasar todo dia para as gravações de "Quanto Mais Quente Melhor" (1959)? Bem, tudo isso é mais ou menos verdade. Exceto que nenhum desses filmes foi "gravado". Foram lindamente filmados, com filme em película, que exigia laboratório, revelação e corte e montagem a gilete na moviola.
De 1895, ano 1 de Lumière, até pelo menos 1980, todos os filmes, de todos os países e em todas as línguas, foram, com perdão pelo óbvio, filmados. Não foram gravados. As câmeras digitais ou ainda não eram populares ou as imagens que produziam não tinham qualidade para aguentar ampliação para uma tela de cinema com 400 metros quadrados. E, no entanto, quando se referem a qualquer clássico do passado, muitas pessoas hoje dizem que ele foi gravado.
Já não basta ao passado ser passado. Tem também de submeter-se à terminologia de nosso tempo. O caixa eletrônico dos bancos tornou-se, com naturalidade, apenas "o caixa". Já o antigo caixa que nos atendia no balcão passou a ser agora o "caixa humano". Por causa do livro digital, o querido livro impresso, com seus séculos de história, ameaça reduzir-se a "livro físico". O mesmo quanto ao jornal impresso, que passou a ser "jornal de papel".
Por que a nova mídia não se limita a impor o seu nome sem desmerecer o da mídia que ela superou? Em 1974, durante as gravações do LP —ainda não "vinil"— "Elis & Tom", o arranjador Cesar Camargo Mariano, adepto do teclado elétrico, referiu-se ao piano como "piano de pau"
Tom Jobim indignou-se. E passou a chamar o teclado elétrico de Mariano de "aporrinhola".
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Debbie e Carrie
Carrie Fisher faleceu no dia 27 de dezembro de 2016 aos 60 anos. Debbie Reynolds, mãe de Carrie, faleceu no dia 28 de dezembro de 2016 aos 84 anos.
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Imagem arqueológica viva
Quando essa oliveira brotou, há 4000 anos, por volta do ano 2000 antes de Cristo. Na China alguém estava descobrindo o Bronze, e o último mamute era caçado pelos humanos. Acabava a sétima dinastia egípcia e em Creta, o rei Minos iniciava a construção do palácio que inspiraria o mito do minotauro e seu labirinto... No mesmo período que essa árvore germinou foi quando nossa espécie descobriu a existência do vidro. A árvore, que está na Grécia, viu o homem caminhar da idade do bronze e chegar na era atômica, e atual. Ela viu o mundo mudar, viu reis, déspotas, políticos, poetas, guerreiros e profetas surgirem, e morrerem. Ela passou pelas muitas, incontáveis guerras. E ela ainda continua a dar azeitonas a cada temporada... Mistério Arqueológico
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Ons Jabeur, أُنْس جابر Uns Jābir
Ons Jabeur nasceu em 28 de agosto de 1994, filha de Samira e Ridha Jabeur em Ksar Hellal, uma pequena cidade na Tunísia. Jabeur tem dois irmãos mais velhos, Hatem e Marwen, e uma irmã mais velha, Yasmine. Sua mãe jogava tênis recreacionalmente e a apresentou ao esporte aos três anos de idade. É fluente em árabe, francês, inglês e está aprendendo russo. Jabeur dá crédito aos pais pelos sacrifícios que eles fizeram quando ela estava crescendo, dizendo: "Meus pais sacrificaram muitas coisas - minha mãe costumava me levar a todos os lugares da Tunísia para ir jogar torneios e ela me incentivou a ir a um evento especial escola para estudar. Foi um grande sacrifício ver sua filhinha perseguindo um sonho que, honestamente, não era 100% garantido. Ela acreditou em mim e me deu confiança para estar lá (...)
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Reinaldo: O que o Chile ensina aos progressistas brasileiros
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(..) A convite de Edgar Roquette-Pinto, Mauro se junta ao Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE), onde de 1936 a 1964 realizou mais de 300 documentários de curta-metragem sobre temas tão variados como astronomia, agricultura e música. Enquanto trabalhou no INCE , Mauro dirigiu apenas três longas metragens: O Descobrimento do Brasil (1937), com música de Villa-Lobos, Argila (1940) e Canto da Saudade (1952), onde também trabalha como ator, num papel secundário.
Afastado do cinema desde 1974, quando fez o curta-metragem "Carro de Bois", passou a viver em seu sítio Rancho Alegre, em Volta Grande, onde morreu, aos 86 anos, quase que completamente cego, após uma forte pneumonia.
Humberto Mauro é autor do mais significativo ciclo regional do cinema brasileiro, iniciado em 1926 com "Na Primavera da Vida". Durante seus últimos anos de vida, Mauro foi a inspiração principal da geração do Cinema Novo. Nelson Pereira dos Santos e Glauber Rocha eram seus admiradores declarados...
Longas-metragens
1926 - Na Primavera da Vida
1927 - Thesouro Perdido
1928 - Brasa Dormida (Phebo Brasil Filmes, Cataguases)
1930 - Lábios sem Beijos
1930 - Sangue Mineiro
1933 - A Voz do Carnaval
1933 - Ganga Bruta
1935 - Favela dos Meus Amores
1936 - Cidade-Mulher
1937 - O Descobrimento do Brasil
1940 - Argila
1952 - O Canto da Saudade
Curtas-metragens
1925 - Valadião, o Cratera
1942 - O Dragãozinho Manso: Jonjoca
1945 - Brasilianas: chuá-chuá e casinha pequenina
1948 - Brasilianas: azulão e pinhal
1954 - Brasilianas: aboio e cantigas
1955 - Brasilianas: engenhos e usinas
1955 - Brasilianas: cantos de trabalho
1955 - Brasilianas: manhã na roça: o carro de bois
1956 - Brasilianas: meus oito anos
1956 - O João de Barro
1958 - São João Del Rei
1964 - A Velha a Fiar
1974 - Carro de bois
Sobre Ganga Bruta aqui
Humberto Mauro – curtas
A Captação da Água (1954) curta documentário brasileiro – Humberto Mauro
Engenhos e Usinas (1955) curta documentário com música folclórica brasileira
Carro de Bois (1974) curta documentário brasileiro
E mais Humberto Mauro - longa
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Como era bom (ou melhor, good) o nosso Cavalcanti, Sérgio Augusto, O Estado de São Paulo, 18/11/2001
Filmes de Cavalcanti no iutubi
Nas Garras da Fatalidade (1947)
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A música que fala
Martha Argerich Plays Prokofiev Piano Concerto No.3 (Prokofiev, um punk nos clássicos)
Yuja WANG plays Tchaïkovski Concerto for Piano No 1 (Tchaïkovski um clássico necessário)
Piano Duel - Yuja Wang vs. Khatia Buniatishvili
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E a saga de June e Serena continua (Teocracia 1)
The Handmaids Tale Temporada 5
Fios condutores: 1. A ditadura teocrática; 2. A maternidade e 3. A cinematografia espetacular
E salve Bruce Miller
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Os Borgias, “a santa igreja” e Maquiavel (Teocracia 2)
Poder e Luxúria, Los Borgia, 2006, Antonio Hernández
No iutubi aqui
Itália, século XV. Rodrigo Borgia é um maquinador astuto. Por trinta anos ele trabalhou na Igreja Católica Romana e agora foi eleito papa pelo Colégio de Cardeais. Borgia não tem motivos religiosos, é tudo uma questão de poder para ele. Com seu poder papal, ele inicia um reinado de terror, eliminando rivais. Uma nova era vai começar para a família Borgia, ele pensa, e seus quatro filhos são os peões mais importantes. Sua linda filha Lucrécia Bórgia e o filho passivo Jofré se casam para estreitar os laços com famílias rivais. O mesmo vale para Juan, que também foi nomeado capitão do exército do Vaticano. O primogênito de Rodrigo, César Bórgia , agora é cardeal. Ele não gosta de tudo. Como o lutador nato da família, ele se vê mais adequado à posição de Juan. Cesare fica cada vez mais insatisfeito como cardeal e cada vez mais agitado com a família. Então Juan morre repentinamente após uma agressão. Looke
Sobre César Bórgia: Recebeu o título de gonfaloneiro da igreja pelo seu pai após conquistar Imola e Forlì e foi uma forte influência no livro O Príncipe, de Maquiavel, com o qual conviveu diversas vezes e o qual elogiou abertamente César na sua obra
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