quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Eleição presidencial Genial/Quaest, período de 24 a 27 de setembro 2022

Quaest: Lula tem 50,5% dos votos válidos contra 36,3% de Bolsonaro

Na simulação de segundo turno, petista tem 52% contra 38% do atual presidente 

Fernando Pedroso, FSP, 28/09/2022

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta (28) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 50,5% das intenções de votos válidos na corrida presidencial, contra 36,3% de Jair Bolsonaro (PL). Com este número, o petista seria eleito no primeiro turno.

Nos votos totais, Lula tem 46%, oscilação positiva de dois pontos em relação à pesquisa da semana passada. Bolsonaro oscilou um ponto para baixo e foi para 33%. Ciro Gomes (PDT) manteve os 6%, assim como Simone Tebet (MDB) com 5%. Soraia Thronicke (União Brasil) continua com 1%.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) - Eduardo Anizelli, Pedro Ladeira e Zanone Fraissat/Folhapress

O número de indecisos é de 5% nessa nova rodada, enquanto brancos ou nulos somam 4%. Os demais candidatos não pontuaram na pesquisa, que é financiada pela corretora de investimentos digital Genial Investimentos, controlada pelo banco Genial. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Votos totais

    Lula (PT) - 46% (tinha 44%)

    Bolsonaro (PL) - 33% (tinha 34%)

    Ciro Gomes (PDT) - 6% (tinha 6%)

    Simone Tebet (MDB) - 5% (tinha 5%)

    Soraia Thronicke (União Brasil) - 1% (tinha 1%)

    Indecisos - 5% (eram 5%)

    Branco/nulo - 4% (eram 5%)

A sondagem da Quaest, empresa de consultoria e pesquisa, ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos nos domicílios de sábado (24) até a noite desta terça (27). O número do registro na Justiça Eleitoral é BR-04371/2022.

Na simulação de segundo turno, Lula registra 52% das intenções de voto, variando dois pontos percentuais para cima em relação à rodada anterior (50%). Já Bolsonaro oscilou negativamente de 40% para 38% no período.

Entre os entrevistados da Genial/Quaest, 79% estão decididos sobre os seus votos, enquanto 20% ainda podem mudar. Para Lula ganhar já no primeiro turno, 24% dizem que trocariam de candidato (eram 26% há uma semana); 66% não topariam a manobra (eram 64%).

O levantamento mostra ainda que a avaliação negativa do governo continua a subir e foi de 39% para 42%. A avaliação positiva mantém os 31%.

Bolsonaro segue como o mais rejeitado. Entre os entrevistados, 55% dizem que não votariam no presidente de jeito nenhum. Ciro é o segundo com 53% seguido por Lula, com 44%.


Eleição presidencial: Datafolha e Ipec, semanade 19 a 23 de setembro 2022

Datafolha: Lula vai a 47%, abre 14 pontos sobre Bolsonaro e amplia chance de vencer no 1º turno

Petista voltou ao patamar de 50% dos votos válidos, limiar para vencer no dia 2 de outubro

Igor Gielow, FSP, 22/09/2022

Faltando dez dias para o primeiro turno das eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou dois pontos para cima, atingiu 47% e tem uma dianteira de 14 pontos sobre Jair Bolsonaro (PL), que se manteve em 33%. Cresceu assim a possibilidade de o petista vencer no primeiro turno. A estabilidade com oscilação positiva para o petista no cenário de uma semana para cá, aferida pela mais recente pesquisa do Datafolha, vai acirrar a queda de braço entre as duas campanhas líderes de uma corrida cuja decisão na primeira rodada pode ocorrer no olho mecânico.

Empatados em terceiro lugar estão Ciro Gomes (PDT), oscilou de 8% para 7%, e Simone Tebet (MDB), que segue com 5%. Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 2% para 1%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos neste levantamento, feito de terça (20) a esta quinta (22). O instituto ouviu 6.754 pessoas em 343 cidades, e a pesquisa encomendada pela Folha e pela TV Globo está registrada sob o número BR-04180/2022 no Tribunal Superior Eleitoral.

A boa notícia para Lula é que, com a oscilação, ele voltou à casa dos 50% de votos válidos, limiar para uma vitória no primeiro turno. Esse critério, adotado pelo TSE para a contagem da eleição, exclui os brancos e nulos: quem tiver 50% mais um voto está eleito diretamente. Semana passada, estava em 48%.

O petista deverá dobrar esforços para evitar alta abstenção e buscar voto útil dos eleitores dos terceiros colocados, Ciro e Tebet, e Bolsonaro buscará tentar investir contra a imagem do ex-presidente para levar a disputa final para o dia 30 de outubro. O último ciclo da campanha antes do primeiro turno terá como destaque os debates na TV no sábado (24), no SBT, e na quinta (29), na Globo. Com efeito, Lula já avisou que não irá ao primeiro, para reduzir a chance de acidentes.

Mas o petista já esteve em posição mais confortável na contagem dos válidos com até 54% em maio. E a abstenção, fator central para definir o universo de votos válidos, não é aferível de antemão. Assim, Lula fez nesta semana acenos a idosos, grupo mais propenso a se abster pela não obrigatoriedade do voto acima dos 70 anos. Não houve efeito imediato. No grupo de eleitores acima de 60 anos (20% da amostra), ele oscilou dois pontos para baixo, mantendo vantagem de 47% sobre 40% do presidente.

Lula apostou também numa simbólica fotografia em que reuniu oito ex-candidatos a presidente em seu apoio. Mas não houve uma movimentação significativa em estratos mais instruídos ou de maior renda, teoricamente mais expostos ao noticiário político da frente em seu favor. A força do petista segue residindo nos mais pobres. Entre aqueles que ganham até 2 salários-mínimos, 51% dos ouvidos pelo Datafolha, ele foi de 52% para 57%, em comparação com na rodada anterior, apurada de 13 a 15 deste mês.

Já Bolsonaro oscilou de 27% para 24% no segmento, confirmando a pior notícia que sua campanha colheu, ao lado de sua alta taxa de rejeição.

O presidente usou um arsenal de medidas populistas na economia, que foram do mais amplo reajuste do Auxílio Brasil para os mais carentes a agrados pontuais a caminhoneiros e taxistas, passando pela sequência de redução nos preços administrados de combustíveis. Por outro lado, a fome e a inflação ainda alta dos alimentos têm impedido que a melhoria econômica seja percebida entre mais pobres.

O presidente melhorou seu desempenho, por outro lado, na faixa de 2 a 5 mínimos (34% da amostra), justamente a classe média baixa mais sensível à questão dos preços de gás e gasolina. Saiu de um empate numericamente inferior para Lula (39% a 40%) para uma vantagem de 43% a 36%.

Do ponto de vista de imagem, o foco agora deverá ser a tentativa de desgastar Lula, já que os artifícios bolsonaristas parecem ter chegado ao limite da utilidade devido à manutenção da rejeição alta. Sua demonstração no 7 de setembro não resultou em ganho fixo, e a busca por uma melhoria de imagem nas viagens internacionais que fez fracassou, como o vexame passado na ida ao funeral de Elizabeth 2ª, por exemplo.

No corte religioso, que viu na semana passada Lula recuperar-se entre os evangélicos, apesar da grande vantagem de Bolsonaro, a situação é de estabilidade. No grupo politicamente articulado, que soma 25% do eleitorado pesquisado, o presidente tem 50% e o petista, 32%.

Nos demais segmentos, a aferição do Datafolha traz um filme conhecido desta campanha até aqui. Lula teve seu maior crescimento da rodada anterior para esta entre os mais pobres, no Sul (14% do eleitorado) e entre os mais jovens (14% da amostra).

Mais importante, oscilou um ponto para baixo, mas segue líder na região mais populosa, o Sudeste (43% dos ouvidos), batendo Bolsonaro por estreitos 41% a 36%. O presidente, por sua vez, viu uma melhoria de dois pontos na região. Sua entrada no eleitorado feminino permanece com entrave vital à sua pretensão eleitoral, devido ao seu longo histórico de colocações machistas. Entre elas, que são 52% da amostra, preferem Lula 49%, enquanto 29% dizem votar no presidente.

Ciro e Tebet seguem amargando a terceira colocação mais distante. O pedetista, em particular, tem se revoltado publicamente contra a ofensiva petista para lhe tirar apoio. Ele não chegou a desidratar decisivamente, mas oscilou um ponto para baixo. O voto na dupla por ora é um dos principais fatores para a eventual necessidade de um segundo turno.

Não chegaram aos 1% na pesquisa Felipe D'Ávila (Novo), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Leo Péricles (UP), Constituinte Eymael (PDC) e Padre Kelmon (PTB).

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Ciro Gomes aparece com 7% e Simone Tebet, com 5%

FSP 19/2022

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 47% das intenções de voto na corrida eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem 31%, segundo pesquisa Ipec divulgada nesta segunda (19). No levantamento anterior, realizado há uma semana, o petista tinha 46% (ou seja, oscilou agora um ponto para cima, dentro da margem de erro) e o atual mandatário, os mesmos 31%. A diferença entre eles passou de 15 para 16 pontos percentuais.

Em seguida, aparece o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que se manteve com 7%. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) flutuou de 4% na última pesquisa para 5% agora.

O Ipec ouviu 3.008 brasileiros em 17 e 18 de setembro, em 181 municípios do país, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A sondagem foi contratada pela TV Globo e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR- 00073/2022.

Ipec: Evolução de Lula e Bolsonaro no 1º turno

Lula (PT)

    12 a 14.ago: 44%

    26 a 28.ago: 44%

    2 a 4.set: 44%

    9 a 11.set: 46%

    16 a 18.set: 47%

Bolsonaro (PL)

    12 a 14.ago: 32%

    26 a 28.ago: 32%

    2 a 4.set: 31%

    9 a 11.set: 31%

    16 a 18.set: 31%

Outra candidata que pontuou nesta rodada foi a senadora Soraya Thronicke (União Brasil), que segue com 1%. Os que pretendem votar em branco ou nulo agora somam 5%, e os que não sabem são 4%.

Os candidatos Felipe d’Avila (Novo), Vera Lúcia (PSTU), Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Padre Kelmon (PTB) e Sofia Manzano (PCB) não pontuaram.

Quando considerados os votos válidos, excluindo brancos ou nulos, o petista flutuou de 51% para 52%, enquanto o atual mandatário variou de 35% para 34%.

Um candidato precisa superar os 50% nessa métrica para vencer em primeiro turno. Considerando a margem de erro do levantamento, portanto, segue imprevisível a possibilidade de vitória na primeira votação.

Questionados sobre quem elegeriam no segundo turno, 54% dos entrevistados indicaram Lula e 35%, Bolsonaro. A diferença entre eles oscilou de 17 para 19 pontos em relação à última aferição, quando eles tinham 53% e 36%, respectivamente.

Na pesquisa espontânea de primeiro turno, na qual o entrevistado não vê os nomes dos candidatos à Presidência, Lula é o mais lembrado. O petista passou de 44% para 45% nesse tipo de resposta, dentro da margem de erro. Já Bolsonaro variou de 30% para 29%. Ciro Gomes flutuou de 4% para 5% das menções; Simone Tebet, de 2% para 3%; e os demais candidatos registraram menos que 1% ou não foram citados.

A rodada mostra ainda uma oscilação negativa na avaliação da gestão Bolsonaro: 47% a acham ruim ou péssima (ante 45% na semana passada), os mesmos 30% a consideram ótima ou boa, e 22% a veem como regular (eram 23%).

A pesquisa aponta que 59% dos brasileiros reprovam a maneira de governar do presidente, enquanto 36% aprovam. Na rodada anterior, os números foram 59% e 35%, respectivamente. Outros 5% não souberam responder.

O Ipec foi criado em fevereiro de 2021 por ex-executivos do Ibope Inteligência, que encerrou suas atividades em janeiro daquele ano em razão do término de um acordo de licenciamento.

 

Ipec: Lula oscila para cima e mantémpossibilidade de vitória em 1º turno


 

 


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