sábado, 5 de outubro de 2024

Eleições municipais em São Paulo - parte 2

Datafolha e Atlas, pesquisa em 05/10/2024

Datafolha: Boulos (29%), Nunes (26%) e Marçal (26%) empatam em votos válidos na véspera da eleição

Levantamento deste sábado (5) indica que 22% dos eleitores ainda podem mudar de voto 

Ana Luiza Albuquerque, fsp, 05/10/24

Na véspera da eleição, o Datafolha aponta continuidade do cenário embolado no primeiro turno para a Prefeitura de São Paulo, com Guilherme Boulos (PSOL) registrando 29% dos votos válidos, seguido por Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), ambos com 26%.

Os três estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No levantamento mais recente, de quinta-feira (3), os três candidatos apresentavam exatamente o mesmo percentual de votos válidos.

Com a proximidade das eleições, o Datafolha divulga neste sábado (5) as intenções de votos válidos dos eleitores, e não apenas os votos totais. Os votos válidos excluem os votos inválidos (em branco e nulos) e são os únicos considerados pela Justiça Eleitoral para calcular os resultados. Para conquistar o cargo de prefeito, os candidatos precisam obter 50% mais um dos votos válidos, e não totais. O levantamento indica que 22% dos eleitores ainda podem mudar de voto —outros 77% estão totalmente decididos a votar em seus candidatos (ou em anular ou votar em branco).

Desde a semana passada, Nunes vem recuando nas intenções de voto, e Marçal, avançando. Considerando os votos totais, o prefeito passou de 27%, no dia 26 de setembro, para 24% agora. Já o influenciador foi de 21% para 24%. Boulos, que tinha 25%, hoje tem 27%.

A pesquisa deste sábado (5) mostra que 3% dizem que ainda não sabem em quem vão votar. A porcentagem de nulo e branco é de 5%.

No segundo pelotão, Tabata Amaral (PSB) aparece com 11%, enquanto José Luiz Datena (PSDB), que vem variando negativamente nas pesquisas, tem 4%.

O Datafolha entrevistou 2.052 eleitores paulistanos entre sexta-feira (4) e este sábado (5). Encomendado pela Folha e pela TV Globo, o levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-05101/2024. O nível de confiança é de 95%.

O quadro na pesquisa espontânea, quando o entrevistado tem que responder em quem vai votar sem ter acesso à lista de candidatos, também aponta vantagem para Boulos, que mantém a dianteira, com 24% dos votos totais, seguido de Marçal, com 19%, e Nunes, com 18%. Tabata tem 7% agora. Há ainda 1% que declara voto no atual prefeito, sem especificar o nome, e 1% que menciona somente Ricardo, sem completar a resposta.

Como o trabalho de campo foi feito também neste sábado, a tendência é que a pesquisa tenha captado ao menos parte do efeito gerado com a falsificação de um laudo médico por Marçal, na tentativa de associar Boulos ao consumo de cocaína.Entre entrevistados que dizem ter votado em Bolsonaro no segundo turno de 2022, Marçal manteve a dianteira conquistada na última semana, com 49% entre o grupo, frente a 36% de Nunes. Na semana passada, os percentuais eram de 43% para o influenciador e 39% para o prefeito.

Em relação à pesquisa de quinta (3), porém, o ex-coach oscilou negativamente, e o emedebista, positivamente. Marçal passou de 51% para 49%, e Nunes, de 32% para 36%. A margem de erro para este segmento é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A oscilação negativa do influenciador pode ter sido motivada por crítica mais enfática do ex-presidente contra ele, em live transmitida na sexta (4).

Bolsonaro, que manteve uma relação de morde e assopra com o ex-coach ao longo da campanha, desta vez chamou Marçal de "fofoqueiro", dizendo que ele "mente descaradamente". Ele pediu ainda para que os eleitores de direita da cidade votem em Nunes para evitar o que chama de "extrema-esquerda".

O influenciador aposta em ser beneficiado por um fenômeno de voto envergonhado na reta final. Segundo esta leitura, suas reais intenções de voto não estariam sendo captadas nas pesquisas por medo ou vergonha dos entrevistados de assumir que o apoiam, em razão do perfil controverso, que se traduz em sua alta rejeição (53%).

Na noite de sexta-feira (4), o influenciador publicou nas redes sociais um documento falso atribuído à clínica particular Mais Consulta, que dizia que o parlamentar estava em surto psicótico decorrente do uso da droga. O dono da clínica, o médico Luiz Teixeira da Silva Junior, tem vídeo publicado com Marçal e já atendeu o ex-coach em outro estabelecimento do qual é sócio.

Uma série de evidências levantadas nas horas seguintes à publicação, como mostrou a Folha, indicam que o laudo foi forjado. A Justiça determinou a exclusão das postagens e a suspensão do perfil do ex-coach. Boulos pediu a prisão do influenciador e do dono da clínica por falsificação de documento.

O cenário de indefinição até a reta final é resultado do acirramento das últimas semanas, com Nunes e Marçal disputando o eleitorado à direita, ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Boulos em estabilidade, mas com dificuldade para avançar entre eleitores do presidente Lula (PT), seu apoiador e incentivador da nacionalização da eleição paulistana.

O ex-coach foi ajudado por dois fatores na última semana —o fim da propaganda gratuita e o apoio público de figuras relevantes da direita, como os deputados federais Ricardo Salles (Novo) e Nikolas Ferreira (PL).

Já Boulos manteve estável as intenções de voto entre eleitores de Lula: ele alcança 50% neste grupo, sendo que 18% dos que apoiaram o atual presidente há dois anos estão com Nunes.

O deputado tem tido dificuldade para atrair eleitores que apoiaram o petista em 2022 e que historicamente votam no PT, como os de baixa renda e moradores da periferia. Boulos tem 24% dos votos totais entre eleitores com renda até dois salários mínimos, que são tidos pela campanha como mais propensos a votar na esquerda e representam, na cidade, 32% do total do eleitorado.

Na semana passada, o deputado tinha 21%. A oscilação se deu dentro da margem de erro desse recorte, de quatro pontos para mais ou para menos. Ele empata nessa faixa com Nunes, que tinha 32% e recuou para 30%.

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Atlas: Boulos tem 29,4%, Marçal, 25,4%, e Nunes, 22,9%, em São Paulo

UOL, 30/09/2024

Pesquisa AtlasIntel realizada pela internet e divulgada hoje (30) aponta Guilherme Boulos (PSOL) na liderança para a disputa pela Prefeitura de São Paulo, empatado tecnicamente com Pablo Marçal (PRTB).

O que diz a pesquisa

Boulos aparece com 29,4% das intenções de voto e Marçal com 25,4%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, aparece com 22,9%. Ele empata tecnicamente com Marçal, mas não com Boulos. Tabata Amaral (PSB) tem 11,9%, seguida por Marina Helena (Novo), com 4,2%, e José Luiz Datena (PSDB), com 3,2%. Os demais candidatos não chegaram a 1% das intenções de voto.

Marçal cresceu, e Boulos e Nunes oscilaram para cima na margem de erro. Em relação à última pesquisa, divulgada em 23 de setembro, Boulos variou 1,1 ponto percentual para cima, Marçal cresceu 4,5 pontos e Nunes oscilou dois pontos para cima (no limite da margem de erro).

Veja os números completos da pesquisa:

    Guilherme Boulos (PSOL): 29,4% (tinha 28,3%)

    Pablo Marçal (PRTB): 25,4% (tinha 20,9%)

    Ricardo Nunes (MDB): 22,9% (tinha 20,9%)

    Tabata Amaral (PSB): 11,9% (tinha 10,8%)

    Marina Helena (Novo): 4,2% (tinha 3,8%)

    José Luiz Datena (PSDB): 3,2% (tinha 6,9%)

    Altino Prazeres Jr. (PSTU): 0,3% (tinha 0,1%)

    João Pimenta (PCO): 0,1% (tinha 0,1%)

    Ricardo Senese (UP): 0,1% (tinha 0,1%)

    Não sei: 2,1% (eram 5,8%)

    Branco/Nulo: 0,4% (eram 2,2%)

Pesquisa foi feita pela internet. A AtlasIntel foi realizada com recursos próprios e ouviu 2.190 eleitores da capital paulista entre os dias 24 e 29 de setembro. O levantamento tem nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número SP-02567/2024.

Segundo turno

Boulos vence Marçal, mas perde de Nunes, segundo as projeções de segundo turno da pesquisa.

Seis cenários de segundo turno foram testados pela Atlas:

    Tabata Amaral (PSB) 56% x 38% Pablo Marçal (PRTB)

    Guilherme Boulos (PSOL) 48% x 40% Pablo Marçal (PRTB)

    Ricardo Nunes (MDB) 48% x 37% Guilherme Boulos (PSOL)

    Ricardo Nunes (MDB) 46% x 30% Pablo Marçal (PRTB)

    Tabata Amaral (PSB) 44% x 42% Ricardo Nunes (MDB)

    Guilherme Boulos (PSOL) 37% x 35% Tabata Amaral (PSB)

Seis cenários de segundo turno foram testados pela Atlas:

    Tabata Amaral (PSB) 56% x 38% Pablo Marçal (PRTB)

    Guilherme Boulos (PSOL) 48% x 40% Pablo Marçal (PRTB)

    Ricardo Nunes (MDB) 48% x 37% Guilherme Boulos (PSOL)

    Ricardo Nunes (MDB) 46% x 30% Pablo Marçal (PRTB)

    Tabata Amaral (PSB) 44% x 42% Ricardo Nunes (MDB)

    Guilherme Boulos (PSOL) 37% x 35% Tabata Amaral (PSB)

Tabata lidera na faixa mais jovem. Ela aparece com 44,1% de preferência entre eleitores de 16 a 24 anos, contra 33% de Boulos.

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UOL, 05/10/2024

Sebastião Melo (MDB) lidera as intenções de voto para a Prefeitura de Porto Alegre, segundo as pesquisas divulgadas neste sábado (5). Há chances de o atual prefeito da capital disputar o segundo turno com a deputada federal Maria do Rosário (PT) ou com a candidata Juliana Brizola (PDT).

O que aconteceu

A pesquisa Atlas Intel indica que haverá segundo turno na capital gaúcha. Já a Quaest aponta que, considerando a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, Melo poderia vencer no primeiro turno. Leia as metodologias no final deste texto.

O atual prefeito lidera nas duas pesquisas. Ele marca 50% dos votos válidos na Quaest e 36,1% na Atlas Intel. Maria do Rosário, por sua vez, aparece com 26% dos votos válidos na Quaest e 29,8% na Atlas Intel.

Em terceiro lugar, está Juliana Brizola. Na Quaest, ela tem 23%, o que a coloca em empate técnico com Maria do Rosário. Na Atlas, porém, ela aparece com 25,7% e por pouco não há empate técnico, já que a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Veja os números de votos válidos na Quaest
 Sebastião Melo (MDB): 50%
 Maria do Rosário (PT): 26%
 Juliana Brizola (PDT): 23%
 Felipe Camozzato (Novo): 1%
 Luciano do MLB (UP): 0%
 Fabiana Sanguiné (PSTU): 0%
 César Pontes (PCO): 0%
 Carlos Alan (PRTB): 0%

Confira os números de votos válidos na Atlas Intel
Sebastião Melo (MDB): 36,1%
Maria do Rosário (PT): 29,8%
Juliana Brizola (PDT): 25,7%
Felipe Camozzato (Novo): 7,9%
Fabiana Sanguiné (PSTU): 0,3%
Carlos Alan (PRTB): 0,1%
Luciano do MBL (UP): 0,1%
César Pontes (PCO): 0%

Votos válidos

Os votos válidos são todos os votos destinados para candidatos. Não incluem votos brancos e nulos, pois esses são excluídos da contagem final da eleição. Nesta fase final da corrida eleitoral, o UOL optou por destacar os votos válidos, pois eles são mais fiéis à contagem que será feita nas urnas.

A pesquisa Quaest entrevistou 1.002 eleitores entre os dias 4 e 5 de outubro. O levantamento foi contratada pela RBS e tem grau de confiança de 95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo RS-01213/2024.

O levantamento da Atlas Intel foi contratado pelo próprio instituto e ouviu 1.609 eleitores entre os dias 29 de setembro e 4 de outubro. A pesquisa tem grau de confiança de 95%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo RS-05880/2024.

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Eduardo Paes lidera em todos os levantamentos. O candidato à reeleição marca 53,3% na Atlas Intel e 61% dos votos válidos na Quaest e no Datafolha — o que indica que o Rio não terá segundo turno.

Segundo colocado. Alexandre Ramagem (PL), que tem crescido nas últimas pesquisas, marcou 29% dos votos válidos na Quaest, 35,1% na Atlas Intel e 24% no Datafolha.
Na sequência, aparece Tarcísio Motta (PSOL). O candidato marcou 6% dos votos válidos na Quaest, 6,8% na Atlas Intel e 7% no Datafolha.

Veja os números da pesquisa estimulada Quaest
    Eduardo Paes (PSD): 53% (61% dos votos válidos)
    Alexandre Ramagem (PL): 20% (29% dos votos válidos)
    Tarcísio Motta (PSOL): 3% (6% dos votos válidos)
    Marcelo Queiroz (PP): 2% (2% dos votos válidos)
    Rodrigo Amorim (União): 2% (2% dos votos válidos)
    Cyro Garcia (PSTU): 1% (não alcançou 1% dos votos válidos)
    Juliete Panjota (UP): não alcançou 1% dos votos totais (não alcançou 1% dos votos válidos)
    Carol Sponza (Novo): 1% (não alcançou 1% dos votos válidos)
    Henrique Simonard (PCO): não alcançou 1% dos votos totais
    Nulo/Branco/Não vai votar: 10%
    Não sabe/Não respondeu: 9%

Veja os números da pesquisa estimulada Atlas Intel
    Eduardo Paes (PSD): 51% (53,3% dos votos válidos)
    Alexandre Ramagem (PL): 33,7% (35,1% dos votos válidos)
    Tarcísio Motta (PSOL): 6,5% (6,8% dos votos válidos)
    Marcelo Queiroz (PP): 1,1% (1,2% dos votos válidos)
    Rodrigo Amorim (União): não alcançou 1% dos votos totais (não alcançou 1% dos votos válidos)
    Cyro Garcia (PSTU): não alcançou 1% dos votos totais (não alcançou 1% dos votos válidos)
    Juliete Panjota (UP): não alcançou 1% dos votos totais (não alcançou 1% dos votos válidos)
    Carol Sponza (Novo): 1,8% (1,9% dos votos válidos)
    Henrique Simonard (PCO): não alcançou 1% dos votos totais.

Veja os números da pesquisa estimulada Datafolha

    Eduardo Paes (PSD): 54% (61% dos votos válidos)
    Alexandre Ramagem (PL): 22% (24% dos votos válidos)
    Tarcísio Motta (PSOL): 6% (7% dos votos válidos)
    Marcelo Queiroz (PP): 3% (3% dos votos válidos)
    Rodrigo Amorim (União): 2% (2% dos votos válidos)
    Cyro Garcia (PSTU): 1% (1% dos votos válidos)
    Juliete Panjota (UP): não alcançou 1% dos votos totais (1% dos votos válidos)
    Carol Sponza (Novo):não alcançou 1% dos votos totais (não alcançou 1% dos votos válidos)
    Henrique Simonard (PCO): não alcançou 1% dos votos totais (não alcançou 1% dos votos válidos)
    Nulo/Branco/Não vai votar: 7%


 

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