"Carta para a América" assinada pelo terrorista foi escrita em 2002 e critica ação dos EUA em território palestino.
Nilton Kleina, 17/11/2023, Mundo Conectado
A rede social TikTok começou a tomar medidas para remover publicações sobre um texto atribuído ao terrorista Osama Bin Laden, morto em 2011.
A chamada “Carta para a América” (Letter to America, no título original em inglês) é uma mensagem escrita por ele em 2002 que justifica os ataques da organização criminosa al Qaeda, além de criticar as ações dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Qualquer busca pelo nome do documento não retorna qualquer resultado na rede social. Os vídeos foram removidos por “violação de políticas” da empresa. A companhia até publicou na rede social X, o antigo Twitter, uma explicação mais detalhada sobre a ação.
Segundo a plataforma, o algoritmo dela não privilegiou esse tipo de conteúdo e tem removido postagens ofensivas sobre Israel ou Palestina desde o começo de outubro.
“O conteúdo que promove esta carta viola claramente as nossas regras de apoio a qualquer forma de terrorismo. Estamos removendo esse conteúdo de forma proativa e agressiva, investigando como ele chegou à nossa plataforma. O número desses vídeos no TikTok é pequeno e os relatórios sobre tendências em nossa plataforma ainda são imprecisos. Esse vídeo não é exclusivo do TikTok e apareceu em várias plataformas e na mídia”. TikTok
Políticos dos EUA reclamaram da viralização do conteúdo, já que a carta traz conteúdos considerados antissemitas e que seriam “propaganda a favor do terrorismo para manipular norte-americanos”, em especial o público jovem.
Milhares de versões da carta lida ou comentada por usuários circularam no TikTok e em outras plataformas, como Instagram e X/Twitter — sendo esta ameaçada até de processo por falta de moderação pela União Europeia.
O que é a Carta para a América de Bin Laden
O texto voltou a viralizar no contexto da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que atua no território palestino. O conflito foi intensificado nas últimas semanas e virou um dos tópicos mais quentes em debates na plataforma.
Apesar do autor, que é o principal responsável pelo ataque de 11 de setembro de 2011 ao World Trade Center, muitos usuários elogiaram o conteúdo — em especial as acusações de que os EUA “financiam a opressão ao povo palestino”.
O texto critica as ações dos Estados Unidos em território palestino, fala sobre o apoio constante do país ao estado de Israel e também acusa o país de “financiar a opressão” contra toda uma população.
Segundo relatos da CNN, o tema chegou a acumular “ao menos 14 milhões de visualizações” antes da remoção do conteúdo pela plataforma.
Fontes: TikTok, Reuters, CNN
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