sábado, 11 de novembro de 2023

Palíndromos

o que são e exemplos

Flávia Neves

Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos!

Você já ouviu esta frase? Sabia que esta frase é um palíndromo?

O que é um palíndromo?

Um palíndromo é uma palavra ou frase que pode ser lida no seu sentido normal, da esquerda para a direita, bem como no sentido contrário, da direita para a esquerda, sem que haja mudança nas palavras que a formam e no seu significado.

Como ler um palíndromo?

No sentido normal da frase, o palíndromo deverá ser lido da forma habitual. Na leitura de palíndromos do fim para o início deverão ser consideradas apenas as letras, sendo desconsiderados espaços entre palavras, sinais de pontuação e de acentuação, bem como outros sinais gráficos.

Exemplos de palíndromos mais conhecidos

Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos!

Amor a Roma.

Lava esse aval.

Anotaram a data da maratona.

A cara rajada da jararaca.

Eva, asse essa ave!

Olé! Maracujá, caju, caramelo!

O lobo ama o bolo.

A grama é amarga.

omissíssimo;

anilina;

arara;

ovo;

asa;

ama;

reviver.

Palavras palíndromas

Ada;

afã;

aia;

ala;

ama;

Ana;

anã;

anilina;

arara;

asa;

ata;

ele;

esse;

Hanah;

mamam;

matam;

metem;

mirim;

mussum;

Natan;

oco;

omissíssimo;

osso;

Oto;

ovo;

racificar;

radar;

raiar;

ralar;

ramar;

rapar;

rasar;

reger;

reler;

Renner;

reter;

rever;

reviver;

rir;

rodador;

sacas;

saias;

salas;

socos;

sopapos;

sós.

Frases palíndromas

A babá baba.

A base do teto desaba.

A cara rajada da jararaca.

A cera causa sua careca.

A dama admirou o rim da amada.

A Daniela ama a lei? Nada!

A diva ávida, dádiva à vida.

A diva em Argel alegra-me a vida.

A droga do dote é todo da gorda.

A gorda ama a droga.

A grama é amarga.

A lupa pula.

A mãe te ama.

A mala nada na lama.

A miss é péssima!

A pateta ama até tapa.

A porta rangia à ignara tropa.

À Rita, sátira!

A Rita, sobre vovô, verbos atira.

A rua Laura.

A sacada da casa.

A torre da derrota.

Acata o danado... e o danado ataca!

Acuda cadela da Leda caduca.

Adias a data da saída.

Ai, Bia!

Aí, Lima falou: “Olá, família”.

Ajudem Edu já!

Ali, lado da Lila.

Amar dá drama.

Ame o poema.

Amo Omã. Se Roma me tem amores, amo Omã!

Amor a Roma.

Amora me tem aroma.

Ana lava Lana.

Ana Rita: a tirana!

Ana, case, esse é sacana.

Ande logo, ela vale o gol, Edna!

Anotaram a data da maratona.

Anotaram? Meu erro comum ocorreu em maratona.

Após a sopa.

Arara rara.

Ari é fã da danada da feira.

Arroz é zorra.

Assim a aia ia à missa.

Assim a aluna anula a missa.

Até o poeta.

Até time demite, tá?

Atino…banana bonita.

Ato idiota.

Aula é a lua.

Ave veloz o leve. Vá!

E assim a missa é,

E até o Papa poeta é.

E Leda, sacana, ia na casa dele.

Eco: vejo hoje você.

Ele padece da pele.

Em roda, tropa; após a sopa, à porta dorme.

És sapo? Passe.

Ésio, fale! Ela foi-se.

Eva, asse e pape essa ave.

Eva, asse essa ave!

Irene ri.

Lá tem metal.

Lá vou eu em meu eu oval.

Laço bacana para panaca boçal.

Ladra pardal.

Lava esse aval.

Livre do poder vil.

Luz azul.

Luza Rocelina, a namorada do Manuel, leu na moda da Romana: anil é cor azul.

Marujos só juram.

Me vê se a panela da moça é de aço, Madalena Paes, e vem.

Mega bobagem.

Missa é assim.

Morram após a sopa marrom.

No cabaré terá bacon?

Nos ligou o Gilson!

O Atari piratão.

O caso da droga da gorda do saco.

O céu sueco.

O Cid é médico.

O cotonete no toco.

O duplo pó do trote torpe de potro meu que morto pede protetor todo polpudo.

O galo ama o lago.

O lobo ama o bolo.

O mito é ótimo.

O muro: rever o rumo.

O pó de cocaína mata maníaco cedo, pô!

O romano acata amores a damas amadas e Roma ataca o namoro.

O teu dueto.

O treco certo.

O trote torto.

O trote torto.

O voo do ovo.

Ódio do doido!

Oh nossas luvas avulsas, sonho...

Oi, rato otário!

Olá, galo!

Olé! Maracujá, caju, caramelo!

Orava o avaro.

Ótimo, só eu, que os omito.

Oto come doce seco de mocotó.

Oto come mocotó.

Pivete vip!

Rir, o breve verbo rir.

Roda esse corpo, processe a dor!

Roma é amor.

Roma me tem amor.

Roda esse corpo, processe a dor!

Rota de redator.

Saíram o tio e oito marias.

Seco de raiva, coloco no colo caviar e doces.

Sem o dote, é todo mês.

Ser belo: lebres.

Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos!

Soluço-me sem óculos.

Som, só com o cosmos!

Zé de Lima, Rua Laura, Mil e Dez.

Os versos palíndromos são também chamados de anacíclicos.

Números palíndromos

22;

44;

55;

66;

111;

131;

151;

171;

191;

212:

232;

252;

272;

292;

363;

545;

878;

999;

1221;

7337;

9449;

15 651;

26 162;

865 568;

413 314;

6 321 236;

8 744 478.

Os números palíndromos são também chamados de capicua.

Datas palíndromas

10/01/1001

01/01/1010

11/11/1111

20/02/2002

02/02/2020

22/02/2022

21/12/2112

12/12/2121

22/12/2122

13/02/2031

23/02/2032

14/02/2041

24/02/2042

15/02/2051

25/02/2052

16/02/2061

26/02/2062

17/02/2071

27/02/2072

18/02/2081

28/02/2082

19/02/2091

29/02/2092

30/03/3003

Tipos de palíndromos

Alguns palíndromos são explícitos, apresentando uma mensagem clara e direta, de fácil interpretação. Outros palíndromos são interpretáveis, apresentando uma mensagem que, não sendo tão clara e direta, é possível de ser entendida após leitura cuidada. Há ainda palíndromos insensatos, formados por palavras que não possuem ligações de sentido.

Palíndromo explícito: A mãe te ama.

Palíndromo interpretável: E até o Papa poeta é.

Palíndromo insensato: Olé! Maracujá, caju, caramelo!

Sator arepo tenet opera rotas é o palíndromo mais antigo conhecido. Escrito em latim, é um palíndromo perfeito. Pode ser lidos em todas as direções: da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, de cima para baixo, de baixo para cima. Significa: O lavrador diligente conhece a rota do arado.

Existem palíndromos de origem desconhecida e palíndromos de autores, como Rômulo Marinho, Millôr Fernandes, Paulo Henriques Britto, Rogério Duarte Filho, Marcelo Coimbra Furtado e Mateus S. Thimóteo.

A construção de palíndromos contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico e confere diversão ao conteúdo escrito.


Flávia Neves

Professora de português, revisora e lexicógrafa nascida no Rio de Janeiro e licenciada pela Escola Superior de Educação do Porto, em Portugal (2005). Atua nas áreas da Didática e da Pedagogia.

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