terça-feira, 17 de junho de 2025

Helio Delmiro (1947-2025)

Lenda do jazz brasileiro, Hélio Delmiro morre aos 78 anos em Brasília

mixvale, 16 de junho de 2025

Hélio Delmiro (Rio de Janeiro, 20 de maio de 1947 – Brasília, 16 de junho de 2025), um dos maiores nomes do jazz e da música instrumental brasileira, faleceu nesta segunda-feira, 16 de junho de 2025, aos 78 anos, em sua residência em Brasília. O carioca, que era diabético e enfrentava complicações renais, morreu devido a uma infecção urinária, conforme informado por familiares. Considerado um dos guitarristas mais talentosos do país, Delmiro integrou a banda de Elis Regina, gravou com Sarah Vaughan e lançou seu último álbum, Certas coisas, em maio de 2025. Ele deixa três filhos e um legado que marcou gerações. A notícia de sua morte comoveu artistas e fãs, que destacaram sua genialidade e influência na música brasileira.

Delmiro vivia na capital federal, onde recebia assistência de seus filhos e realizava hemodiálise três vezes por semana em Ceilândia. Sua saúde já havia sido abalada em 2024, quando permaneceu internado por 55 dias no Hospital das Clínicas, em São Paulo, por problemas renais. Apesar das adversidades, o músico manteve sua paixão pela arte até os últimos dias, lançando um trabalho que reforçou sua relevância no cenário musical.

    Carreira brilhante: tocou com nomes como Elis Regina, Clara Nunes e João Bosco.
    Último projeto: Certas coisas, com Augusto Martins, chegou às plataformas digitais em maio.
    Legado duradouro: discos como Samambaia seguem como referência na música instrumental.

A trajetória de Delmiro é marcada por versatilidade, inovação e dedicação à música brasileira, desde a bossa nova até o jazz mais sofisticado.

Origens musicais e primeiros passos

Nascido no Rio de Janeiro em 1947, Hélio Delmiro cresceu em um ambiente musical, influenciado pelos irmãos mais velhos. Aos cinco anos, ganhou um cavaquinho do irmão Juca, instrumento que marcou sua infância. Na adolescência, a explosão da bossa nova o levou ao violão, que se tornaria sua assinatura. Ele começou a tocar em bailes com o conjunto de Moacyr Silva, desenvolvendo um estilo único que misturava técnica apurada e sensibilidade melódica. Sua habilidade logo chamou a atenção de músicos estabelecidos, abrindo portas para colaborações históricas.

Aos 18 anos, Delmiro integrou o grupo Fórmula 7, entre 1965 e 1968, ao lado de talentos como Luizão Maia e Marcio Montarroys. A banda gravou três álbuns pela EMI-Odeon, consolidando o jovem guitarrista como uma promessa da música brasileira. Esses primeiros passos foram cruciais para sua formação, permitindo que ele explorasse diferentes gêneros e desenvolvesse um som próprio.

Hélio Delmiro, um dos maiores nomes do jazz e da música instrumental brasileira, faleceu nesta segunda-feira, 16 de junho de 2025, aos 78 anos, em sua residência em Brasília. O carioca, que era diabético e enfrentava complicações renais, morreu devido a uma infecção urinária, conforme informado por familiares. Considerado um dos guitarristas mais talentosos do país, Delmiro integrou a banda de Elis Regina, gravou com Sarah Vaughan e lançou seu último álbum, Certas coisas, em maio de 2025. Ele deixa três filhos e um legado que marcou gerações. A notícia de sua morte comoveu artistas e fãs, que destacaram sua genialidade e influência na música brasileira.

Delmiro vivia na capital federal, onde recebia assistência de seus filhos e realizava hemodiálise três vezes por semana em Ceilândia. Sua saúde já havia sido abalada em 2024, quando permaneceu internado por 55 dias no Hospital das Clínicas, em São Paulo, por problemas renais. Apesar das adversidades, o músico manteve sua paixão pela arte até os últimos dias, lançando um trabalho que reforçou sua relevância no cenário musical.

    Carreira brilhante: tocou com nomes como Elis Regina, Clara Nunes e João Bosco.
    Último projeto: Certas coisas, com Augusto Martins, chegou às plataformas digitais em maio.
    Legado duradouro: discos como Samambaia seguem como referência na música instrumental.

A trajetória de Delmiro é marcada por versatilidade, inovação e dedicação à música brasileira, desde a bossa nova até o jazz mais sofisticado.

Origens musicais e primeiros passos

Nascido no Rio de Janeiro em 1947, Hélio Delmiro cresceu em um ambiente musical, influenciado pelos irmãos mais velhos. Aos cinco anos, ganhou um cavaquinho do irmão Juca, instrumento que marcou sua infância. Na adolescência, a explosão da bossa nova o levou ao violão, que se tornaria sua assinatura. Ele começou a tocar em bailes com o conjunto de Moacyr Silva, desenvolvendo um estilo único que misturava técnica apurada e sensibilidade melódica. Sua habilidade logo chamou a atenção de músicos estabelecidos, abrindo portas para colaborações históricas.

Aos 18 anos, Delmiro integrou o grupo Fórmula 7, entre 1965 e 1968, ao lado de talentos como Luizão Maia e Marcio Montarroys. A banda gravou três álbuns pela EMI-Odeon, consolidando o jovem guitarrista como uma promessa da música brasileira. Esses primeiros passos foram cruciais para sua formação, permitindo que ele explorasse diferentes gêneros e desenvolvesse um som próprio.

Parcerias com gigantes da música

A carreira de Delmiro é um desfile de colaborações com os maiores nomes da música brasileira. Ele tocou com Elizete Cardoso, Nana Caymmi, João Donato, Marcos Valle e MPB-4, entre outros. Sua participação no disco Elis & Tom (1974), ao lado de Elis Regina e Tom Jobim, é considerada um marco da MPB. Outro destaque foi O som brasileiro de Sarah Vaughan (1978), onde seu violão trouxe um toque único às gravações da diva do jazz.

Um dos momentos mais celebrados de sua trajetória foi o álbum Samambaia (1981), gravado com o pianista César Camargo Mariano. A obra, que combina improvisos jazzísticos e harmonias sofisticadas, permanece como uma referência para músicos e apreciadores do gênero. 

César Camargo Mariano & Hélio Delmiro - Samambaia (1981) 

Delmiro também trabalhou com Clara Nunes, João Bosco e Wagner Tiso, sempre imprimindo sua marca em cada projeto.

    Discos históricos: Elis & Tom e Samambaia são citados como obras-primas.
    Versatilidade: transitou entre bossa nova, jazz e MPB com naturalidade.
    Reconhecimento internacional: sua parceria com Sarah Vaughan o colocou no mapa global.
    Influência duradoura: músicos contemporâneos ainda citam Delmiro como inspiração.

Evolução como solista

Embora fosse um colaborador requisitado, Delmiro também brilhou como solista. Após anos acompanhando outros artistas, ele lançou álbuns que destacaram sua virtuosidade no violão e na guitarra. Emotiva (1980) e Compassos (2004) mostraram sua capacidade de criar composições complexas e acessíveis. Seu último trabalho, Certas coisas, gravado com o cantor Augusto Martins, foi lançado em maio de 2025 e trouxe 12 faixas que revisitavam sua essência musical.

O álbum mais recente foi um projeto especial, idealizado após Delmiro conhecer Martins por intermédio de Moacyr Luz, seu amigo e pupilo. Gravado com cuidado, o disco reflete a maturidade de um artista que, mesmo enfrentando problemas de saúde, não abandonou a música. As faixas misturam standards do jazz com composições originais, recebendo elogios de críticos e fãs.

Vida pessoal e desafios de saúde

Nos últimos anos, Delmiro enfrentou sérios problemas de saúde. Diagnosticado com diabetes, ele também lidava com insuficiência renal, o que exigia sessões regulares de hemodiálise. Em 2024, sua internação de 55 dias em São Paulo preocupou amigos e familiares. Mesmo assim, ele manteve o bom humor e a dedicação à música, planejando novos projetos e participando de eventos culturais em Brasília.

Delmiro vivia com os filhos na capital federal, onde recebia apoio constante. Sua rotina incluía idas frequentes a Ceilândia para o tratamento médico, mas ele nunca deixou que as limitações físicas o afastassem do violão. Amigos próximos relatam que, até seus últimos dias, ele tocava e compunha, mantendo viva sua paixão pela música.

Legado na música instrumental

A contribuição de Delmiro para a música instrumental brasileira é inegável. Seu estilo, que combinava precisão técnica com emoção, influenciou gerações de guitarristas e violonistas. Ele foi um dos responsáveis por elevar o jazz brasileiro a um patamar internacional, ao lado de nomes como Baden Powell e Toquinho. Sua discografia, repleta de colaborações e trabalhos solo, é um testemunho de sua versatilidade.

Além de sua habilidade como instrumentista, Delmiro era admirado por sua generosidade. Ele frequentemente compartilhava conhecimentos com músicos mais jovens, como Moacyr Luz, que o considerava um mentor. Sua influência pode ser vista em artistas contemporâneos que exploram a fusão de jazz, bossa nova e MPB.

    Pioneirismo: ajudou a consolidar o jazz como gênero no Brasil.
    Ensino informal: inspirou jovens músicos com dicas e jams.
    Gravações memoráveis: seus solos em discos clássicos são estudados até hoje.

Homenagens e reações

A morte de Delmiro gerou uma onda de homenagens nas redes sociais e entre artistas. Músicos como Marcos Valle e João Donato, que trabalharam com ele, destacaram sua genialidade e amizade. Fãs compartilharam trechos de suas gravações, celebrando momentos marcantes de sua carreira. Eventos culturais em Brasília já planejam tributos póstumos para honrar seu legado.

Clubes de jazz no Rio de Janeiro e em São Paulo também anunciaram programações especiais com faixas de Delmiro. A comunidade musical brasileira, ainda abalada pela perda, reconhece que sua obra permanecerá como um pilar da música instrumental. Sua capacidade de unir técnica e emoção continua inspirando novos talentos.

Último lançamento e continuidade

O álbum Certas coisas foi um fechamento digno para a carreira de Delmiro. Lançado semanas antes de sua morte, o disco trouxe parcerias com Augusto Martins e composições que refletem sua trajetória. Críticos destacaram a qualidade das gravações, elogiando a química entre os artistas. O trabalho está disponível em plataformas de streaming e tem atraído novos ouvintes.

A produção do álbum envolveu amigos e familiares, que se mobilizaram para garantir que Delmiro pudesse concretizar o projeto. O resultado foi um disco que celebra a vida e a música, reforçando a importância de seu legado para as futuras gerações.

Presença em Brasília

Nos últimos anos, Delmiro encontrou em Brasília um lar acolhedor. A cidade, conhecida por sua cena cultural vibrante, ofereceu ao músico um espaço para se reconectar com suas raízes. Ele participava de eventos locais e colaborava com artistas da região, deixando sua marca na capital. Sua presença era valorizada por músicos e fãs, que viam nele um símbolo de resistência e criatividade.

A rotina de hemodiálise não o impedia de se envolver com a comunidade. Ele frequentava espaços culturais e recebia visitas de amigos, como Moacyr Luz, que o incentivava a continuar criando. Sua partida deixa um vazio em Brasília, mas também um legado que será preservado por meio de sua música.

Repertório Popular - Hélio Delmiro 


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