quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

O casarão da 4

Rua 4, nº 41, Praça São Sebastião, Barretos, SP. Neste endereço está o casarão do título. É o local da moradia de Orípia Pereira de Carvalho (1922 - 2020), a Finoca, minha mãe. A autoria do título acima é de uma amiga da família, Maria Aparecida S. Campos.

Finoca viveu nesta casa desde 1946, ano em que se casou com Sebastião Cardoso Carvalho Sobrinho (1919 - 1986). Foi lá que conviveu com 4 filhas, 4 filhos, 12 netas, 5 netos, 9 bisnetas e 6 bisnetos. Uma família de, por enquanto, com 40 pessoas, 25 mulheres e 15 homens. A ávore genealógica da família está apresentada abaixo, no formato cmap.

 

 Já comentei, neste espaço, um pouco da vida da Orípia num texto com o título "Finoca". Lá disse que a mãe, a esposa, a mulher e a professora sempre estiveram na mente e no coração da Finoca. 

Acompanhei de perto a vida desta mulher nos últimos 60 anos. Além da escola a professora tinha uma vida em outro território: o Casarão da 4.


A fachada do casarão

 

O quintal com o tamarindo e a palmeira de 20 metros de altura

A varanda em que Orípia ficava


 O alpendre com o lírio da Amazônia, que está lá desde 1946

Orípia faleceu no dia 25 de novembro de 2020 com 98 anos.


Virou estrela e está no céu. 


Aqui na terra viveu com dignidade.

Finoca (1922 - 2020)

Clóvis Pereira Cardoso (1958 - 2021) e Finoca, mãe e filho, figuras permanentes e inesquecíveis do Casarão da 4 
 
Em tempo: sobre o assunto em tela, Avô e



13 comentários:

  1. Muito bom Edson, espetacular. Dona Orípia teve um privilégio digno de poucos, vida longa. Hoje está em paz. Lamento por não ter a conhecido.

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  2. Lindo e sensível como você Edson Cardoso.
    Que linda a imortal Dona Oripia!

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  3. Da minha ótica a vó foi super presente e atenciosa com todos. Ela e o casarão ficarão comigo. Os gatos no quintal e o vovô Tatau com a varinha na mão, a jabuticabeira, a terra avermelhada, os cheiros, o frio de julho, o calor de janeiro, o piano, o quarto de fora cheio de livros e discos, o milho refogado pela vó, a couve cortada fininha por ela, as conversas na mesa de fora, as conversas na cozinha, o interruptor do banheiro do lado de fora, o quarto da frente da Tia Mônica com as paredes pintadas cheias de desenho, a cristaleira do Tatau, o chão de madeira, a varanda com chão avermelhado e a nossa caminhada lenta entre o portão, o anteparo e o quintal.
    É, acho que é sobre isso. É sobre criar memórias e afetos. A vó e o casarão ficarão comigo pra sempre 💛.

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  4. Valeu a bela homenagem, Edson. Um abraço.
    Cristina

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  5. Nunca vou esquecer de nada que passei na casa da bisa, quando a gente se sujava no quintal, e depois tomava aquele banho frio no banheiro de fora, quando alguém ia o banheiro e nós apagávamos a luz porque o interruptor era do lado de fora, dos gatinhos, da varanda, dos churrascos que a gente fazia no quintal, dos aniversários da bisa, quando toda a família se reunia no natal e as crianças ficavam esperando desesperadamente dar 00:00 para abrir os presentes, da piscina inflável que compraram que nós passamos o feriado inteiro nadando, quando eu dormia lá, essa casa vai ficar em minha memória para sempre, onde passei muitos dos meus melhores momentos de alegria

    Lau <3

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  6. As memórias são imensas e inesquecíveis.

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