quinta-feira, 3 de julho de 2014

O nazi horror

 
Uma dúvida provisória: o porquê do ódio exacerbado aos judeus durante nazismo na Alemanha nos 1930 e 1940?


Ontem

O filme Arquitetura da destruição (Undergångens arkitektur) de Peter Cohen, DVD Versátil, 1989, ajuda a pensar sobre.

Além da estética nazista nas artes e arquitetura o filme descreve e analisa as bases de uma ideologia absurda que ajudou a transformar a sociedade alemã em uma realidade infernal. Em 1941 cerca de 70 mil doentes mentais foram assassinados. A eutanásia tornou-se a menina dos olhos da medicina nazista. O embelezamento do mundo é um dos princípios do nazismo. Dizia Hitler: muito tempo atrás o mundo era lindo, mas a miscigenação e degeneração poluíram o mundo.

Outra pérola do pensamento nazista. Ele via os judeus como um câncer que se alastrava. Como os judeus preservaram sua pureza racial eram eles os maiores rivais dos arianos na dominação do mundo. Na imaginação de Hitler, estava em um combate feroz contra seu mais forte e perigoso inimigo. Continuar na guerra sem lutar contra esse inimigo era incogitável para Hitler. Mais importante se tornava o extermínio. Para Hitler, perder a guerra não significava o fim do nazismo. A queda da Alemanha iria inspirar as futuras gerações. O extermínio dos judeus enfraqueceria a Alemanha, mas ela se ergueria, mais uma vez, das ruínas.

Outro filme importante sobre o nazi horror é o documentário dirigido por Alain Resnais "Noite e neblina" (Nuit et brouillard), DVD vídeo, 1955.


Hoje



Deu no portal Terra (http://www.terra.com.br/) em 03/07/2014: Bebê 'ariano ideal' em capa de revista nazista era judeu.

O bebê "ariano ideal" que aparece na capa de uma revista da propaganda nazista, em 1935, era, na verdade, judeu. A revelação foi feita pela própria pessoa na foto, Hessy Taft, hoje com 80 anos.

 

 

A mulher doou uma cópia da revista ao Museu do Holocausto, em Jerusalém, como parte da campanha Recolhendo Fragmentos, lançada em 2011 para estimular pessoas a doarem materiais ligados ao holocausto para que sejam protegidos pela posteridade. Hessy Taft, cujo sobrenome de solteira é Levinson, nasceu em Berlim em 1934, filha de pais judeus originários da Letônia. Ambos músicos, eles haviam chegado à Alemanha em 1928 para trabalhar como cantores de ópera.

A fotografia havia sido escolhida em um concurso promovido pelo Departamento de Propaganda Nazista, chefiado por Joseph Goebbels. A melhor entre cem imagens clicadas pelos melhores fotógrafos alemães representaria o "bebê alemão ariano ideal" e seria capa da revista.
 
 

Hessy Taft, hoje com 80 anos

Quando perguntada o que diria para o fotógrafo hoje, Hessy respondeu: "Eu diria: 'Que bom você teve coragem'".
 

A dúvida provisória continua?

 

 




 


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