Carlos Reichenbach, cineasta, faleceu no último dia 15 de junho aos 67 anos. Deixou órfãos cinéfilos a dar com pau. Dirigiu 22 filmes. Lembro-me de alguns: Anjos do arrabalde (1986), Alma corsária (1993), Dois córregos (1999) e Garotas do ABC (2004).
"Reichenbach parecia gostar dos marginais, dos inconformados. Sempre fez e defendeu um cinema autoral. Preferia um fracasso arriscado à mediocridade inofensiva. Para ele, cinema sem risco era cinema menor. Carlão foi uma figura fundamental do cinema marginal brasileiro e da Boca do Lixo. Depois, consagrou-se como um dos maiores autores de nosso cinema, dono de um estilo próprio que misturava erudição com uma busca constante pela comunicação com o público. Ele defendia que o bom cinema deveria ser para todos." André Barcinski (Folha de São Paulo, 15/06/2012).
Além de cineasta era um amante do cinema. Acompanhei de perto seus caminhos cinéfilos. Conheci algumas pérolas lendo seus blogs. Eis algumas: Dementia, John Parker (1955). Filme mudo, sem diálogos, mas com trilha sonora. Genial. Eraserhead (1977). A partir deste filme me interessei mais pela obra de David Linch.
Foi graças a Reichenbach que me tornei um conhecedor dos filmes de Anthony Hickox (a fina flor dos filmes de ação) tais como Knife edge (2009), Blast (2004), Marcados pela máfia (2002) e Invasion of privacy (1996). Idem para Cristhian Duguay de Caça ao terrorista (1997), Cilada (2002), Desafio radical (2002), Hitler: the rise of evil (2003), A ilha – uma prisão sem grades (2008) e os Scanners 2 e 3 (1991 e 1992).
E tem mais: os filmes de Samuel Fuller, Roger Corman e alguns faroestes spaghetti.
Das minhas últimas garimpagens no blog do Reichenbach conheci: Quando os Brutos se Defrontam (Faccia a Faccia, 1967), Sergio Sollima; Terror in Texas Town (1958), Joseph H. Lewis e Sick Nurses,2007, filme tailandez dirigido por Piraphan Laoyont.
Estamos órfãos, mas Carlos Reichenbach vive.
Veja lá em http://www.olhoslivres.com/links.htm
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