quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Finoca

Orípia, minha mãe, também conhecida como Finoca, nasceu em 21/09/1922 na cidade de Barretos. Estudou no Colégio Anjo da Guarda em Bebedouro até formar-se professora em 1942. Casou-se com Sebastião, o Tatau, barretense nascido em 02/12/1919. No embalo deste enlace surgiram quatro filhos e quatro filhas. A mãe, a esposa, a mulher e a professora sempre estiveram na mente e no coração da Finoca.

Finoca vem da família Marques, povoadores da cidade de Barretos, os librinas. A mãe da Finoca é a Maria Cândida e o pai, Joaquim Cândido, que nasceram em 1887. A avó da Finoca é Maria Cândida de Jesus (Mãe Cândia), casada (em 1874) com Jerônymo José Marques (Jerominho). Finoca é trineta de Simão Antônio, um dos fundadores de Barretos: é filha de Maria Cândida que era filha de Jerônymo José que era filho de Joaquim Simão Marques que era filho de Simão Antônio Marques. Até casar Finoca vivia na fazenda Córrego do Meio (mais popular como Córgo do Meio), em Barretos, propriedade de Joaquim Cândido e Maria Cândida.

A família de Maria Cândida e Joaquim Cândido se reunia em fins de semana, na fazenda, para fazer farinha de mandioca, fazer pamonha e matar porco. Filhos, filhas, netos, netas, agregados e agregadas se reuniam em mutirão. E toma arrancar, lavar, descascar, ralar, secar mandioca e torrar resultando na farinha e no polvilho que ainda hoje existe nas feiras de Barretos. Reproduzíamos o que os índios brasileiros já faziam nos idos de 1500, como relatado por Hans Staden.

 Córrego do Meio era uma fazenda antenada com o século XX. Tinha uma hidrelétrica que fornecia energia para iluminação da sede e para mover um moinho que produzia fubá. A água encanada do Córrego do Meio chegava até a sede através de uma bomba hidráulica. O gado bovino produzia leite e o queijo era produzido sob a coordenação da Maria Cândida. Tinha também a lavoura de milho e um belo pomar com jabuticaba, manga, banana, laranja, pitanga, amora e muitas outras frutas.

Finoca foi criada neste meio e teve filhos e filhas nele misturado. A netaiada de Maria Cândida se divertia neste ambiente integrado com a natureza. Hoje, em 2011, a família da Orípia e Sebastião está assim: 4 filhos, 4 filhas, 12 netas, 5 netos, 4 bisnetas e 5 bisnetos.

Orípia teve sua educação formal no Colégio Anjo da Guarda em Bebedouro (colégio interno) no período de 1932 a 1942. Foram 11 anos de colégio interno divididos em quatro de primário, cinco de ginásio e dois de escola normal. Lá estudou Latim, Francês, Português, Geografia, História, Matemática, Física, Educação Moral e Cívica, Música, Trabalhos Manuais, Desenho, Sociologia, Pedagogia e Prática Pedagógica. 

Professora formada, Finoca começou o magistério, em 1943, numa escola em Alberto Moreira, distrito de Barretos, como professora substituta efetiva. Esteve por lá até 1944. A rotina da Professora Orípia, quando em Alberto Moreira, era a seguinte: ia da fazenda dos pais a cavalo (chamado “Docinho”) até a fazenda do tio Rosa (Olintho Marques). Depois a pé, na companhia de alguns alunos, atravessava o Córrego da Mixórdia e caminhava até Alberto Moreira. Após as aulas o caminho de volta: a pé até a fazenda do Tio Rosa e depois no lombo do “Docinho” chegava em casa.

A rotina da Finoca não ficava só na escola. No sábado, de trem, fazia o trajeto Alberto Moreira - Barretos. Em Barretos ficava na casa dos pais (Avenida 21 entre as ruas 14 e 16) e no sábado ministrava aulas de catecismo na Catedral. Eram nestes fins de semana que Finoca se encontrava com o Tatau para namorar, meio que a contragosto do pai, Joaquim Cândido. Na segunda-feira estava ela de volta à rotina das aulas em Alberto Moreira.

Orípia casou-se com Sebastião no dia 5 janeiro de 1946 e exonerou-se da escola durante o período de 1945 a 1948. Neste período tiveram Aluisio (1946) e Maria Cristina (1949). Sebastião pedira à esposa que ficasse em casa para cuidar dos filhos. Mas em 1949 Orípia voltou a trabalhar a contragosto do marido, para ajudar no sustento da família. Finoca contrariou o pai para casar e agora contrariava o marido para voltar ao trabalho como professora. Isto na década de 1940. Ela seguiu a história de outras duas librinas porretas: Inácia Bernarda e Mariana Librina (tias-triavó de Finoca) sobre as quais já escrevi.

Nos anos de 1949 e 1950 Orípia trabalhou na Escola Antônio Olympo (1º Grupo), em Barretos como professora substituta efetiva. Efetivou-se em abril de 1951 e se mandou para Nova Granada para lecionar numa Escola Típica Rural. Nesta época Finoca já estava com o terceiro filho Edson (1950). Sem o marido e os outros dois filhos que ficaram em Barretos ela seguia seu destino de mãe e professora, amamentando e lecionando.

Um parêntesis: Edson formou-se em engenharia na década de 1970. Resolveu, na época, ser professor. Finoca não concordou. Um absurdo argumentava. Onde se viu, estuda engenharia cinco anos e vai para sala de aula. Edson bateu o pé e seguiu seu destino. O que ela queria? O cara nasce e praticamente vai do hospital direto para uma sala de aula acompanhar a mãe. Tinha ou não tinha que ser professor!

Em 1952, Orípia se transferiu para uma escola em Ibitú e por lá ficou até 1954. Em 1955 voltou para Barretos e trabalhou numa escola isolada situada no bairro Vila Nogueira.  Voltou para a Escola Antônio Olympio em 1957 e lá trabalhou até se aposentar. A mãe continuou sua lida: teve Cândida em 1955, Ana Maria em 1957, Clóvis em 1958, Cláudio em 1961 e Mônica em 1965.

Quando Finoca chegava na Santa Casa para ter nenê as freiras logo diziam: Ih, lá vem ela de novo!

Sebastião se formou em ciências contábeis na Escola de Comércio Álvares Penteado, em São Paulo. Ele trabalhava na serraria da família Cardoso Carvalho, mas teve passagem, como contador, pela prefeitura de Paulo de Faria e em Ibitú trabalhou na Socelis, empresa de bomba d’água. A seguir voltou à serraria a pedido do pai, João Cardoso de Carvalho. Finalmente Tatau passou a trabalhar como agricultor, no sítio herdado por Finoca. Nesta batida os dois criaram e educaram seus oito filhos e filhas. Sebastião faleceu no dia 11 de março de 1986 aos 66 anos, depois de 40 anos de casamento.

Orípia foi muito querida pelos alunos e colegas de trabalho. Reproduzo aqui um trecho da homenagem que recebeu de suas colegas em 1996.

“(...) Para falar de uma pessoa autêntica, cheia de simplicidade e valores seria preciso que pudéssemos traduzir mensagens que brotam diretamente de nossos corações. E para isso melhor do que pobres palavras basta que a Orípia olhe nossos sorrisos, que perceba a expressão sincera de ternura, amizade e admiração que todas nós temos em nossas faces. Então nossas palavras, nossas simples palavras, revelam o que está além das palavras, por mais expressivas que sejam. Orípia é assim, professora e mãe que nos dá a maior lição, a lição de viver. Professora exemplar durante 30 anos batalhou sempre pela educação dos alunos como se fossem seus próprios filhos. Mãe carinhosa de oito filhos: Aluisio, Maria Cristina, Edson, Cândida, Ana Maria, Clóvis, Cláudio e Mônica, que com seu exemplo e dedicação deu-lhes valores e qualidades para vencerem na vida. Que Deus lhe dê, Orípia, muita saúde para poder continuar a dar-nos sua lição de vida. Deus a conserve assim por muito tempo serena e feliz entre nós. Associação dos Professores Aposentados de Barretos – 1996”       

Atualmente Finoca vive por conta de cuidar da casa e acompanhar, junto com filhos e filhas, o crescimento de seus netos, netas, bisnetos e bisnetas. Além disso, têm as novelas, as músicas, as viagens para ver a família e para apreciar música em teatros, as plantas, os gatos e os cachorros... e a laranja depois do almoço.

Hoje, dia 21, Dona Orípia completa 89 anos.

Por tudo isso Finoca pode entrar em casa com dignidade.



Edson Pereira Cardoso, 21 de setembro de 2011

                                              


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Estado privatizado

Clovis Rossi, na Folha de São Paulo de 08/09/2011, publicou o artigo intitulado Que tal estatizar o Estado? É deveras relevante no momento. Ei-lo:


O PROFESSOR Delfim Netto saudou ontem, em sua coluna nesta Folha, o que chamou de "estatização" do Banco Central, em alusão à decisão de baixar os juros. Um sinal, torce Delfim, de "menor influência do setor financeiro privado". Tomara. Pena que falte o principal, "estatizar" também os governos, mais e mais dependentes de ordens não escritas emanadas do setor financeiro.
No Brasil, essa "privatização" do público aparece na manutenção de um elevado superavit primário (receitas menos despesas do governo, fora juros da dívida).
Só no primeiro trimestre deste ano, as despesas com juros foram de R$ 119 bilhões, 30% a mais que em 2010. Montante que equivale a impressionantes 6,12% de tudo o que a economia produz em bens e serviços, o tal de PIB (Produto Interno Bruto).
É a rubrica que mais consome recursos públicos, como se o Brasil estivesse com todos os problemas resolvidos e pudesse dedicar a maior fatia de seu carinho aos credores, uma ínfima minoria.
Mas é na Europa que aparece com mais nitidez a privatização do Estado. Açoitados pelos mercados, um governo após o outro adota medidas de austeridade que sufocam a recuperação ainda débil da economia. O ponto culminante desse assalto aos Estados se dá pela tentativa de inscrever na Constituição um limite para o deficit público.
Até concordo que os Estados, como as pessoas físicas, devem viver de acordo com as suas posses. Mas sempre aparecem circunstâncias excepcionais que tornam imprescindível aumentar o gasto público e, com isso, gerar deficit/dívida.
Se quando eclodiu a crise financeira já estivesse em vigor esse tipo de veto constitucional, não teria sido possível adotar os colossais pacotes de estímulo que foram decisivos para evitar a depressão.
A privatização do espaço público se dá até na narrativa da crise: a obsessão com o ajuste fiscal é tanta que fica a impressão de que foram os gastos irresponsáveis dos governos que a provocaram, quando ocorreu o contrário. O comportamento irresponsável do sistema financeiro é que gerou a crise e, por extensão, a necessidade de pacotes de estímulo, que levaram a um endividamento/deficit colossal.
Agora, os mercados que comeram na mão dos governos exigem austeridade, que é de fato necessária, desde que se levem em conta outras necessidades imperiosas, como crescer, reduzir o desemprego etc.
Vale comentário da jornalista e escritora espanhola Irene Lozano para "El País", no qual lamenta "a hegemonia atual desses entes fantasmagóricos chamados mercados, que não se apresentam às eleições nem prestam contas aos cidadãos nem explicam seus programas, mas ostentam a faculdade de impor a visão de mundo mais benéfica para eles". Lozano recupera frase de Adam Smith, o grande profeta do capitalismo e do livre-mercado, capaz no entanto de enxergar que "a rapacidade mesquinha e o espírito de monopólio dos mercadores não são nem devem ser os governantes da humanidade".
Pois é, velho Adam, dois séculos depois, a rapacidade dos mercadores governa o mundo, sim, senhor.

Aqui, neste contexto, tem pertinência recorrermos a Bobbio (*). No ítem sobre O Estado Contemporâneo e sub-ítem A teoria marxista do Estado diz:


"Parece evidente que a política econômica do Estado (composta da política monetária, fiscal e social) subordina-se progressivamente à lógica da valorização de um dos setores do capital global. É possível distinguir também a constituição de um complexo político-industrial formado pela articulação formado pela articulação da autoridade política com os interesses da valorização do capital. Daí o conseqüente fim da forma-mercado e a criação de um sistema, dentro do qual operam de modo complementar, duas lógicas formalmente diversas: a do capital, de tipo quantitativo, que tenta a criação e a realização do lucro, e a do Estado, de tipo qualitativo, que não produz mercadorias (valores de troca) para o mercado, mas sim valores de uso, que podem compreender contribuições de uso vário, da criação de infra-estrutura à qualificação da força-trabalho, e que representam as condições gerais da valorização do capital."

A pergunta que fica é: para onde vamos com este Estado?

Edson Pereira Cardoso, setembro de 2011

(*)Norberto Bobbio, Nicola Matteucci, Gianfranco Pasquino, "Dicionário de Política", Edunb, 4ª edição, 1992, p. 405


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Resultados da crise de 2008: bancos ricos. E quem paga a conta?


"No decurso das crises, quando o momento de pânico passou e a indústria estagna, o dinheiro está fixo nas mãos dos banqueiros, dos agentes de troca, e tal como o cervo brame a sua sede por água fresca, o dinheiro grita o seu desejo de um domínio onde possa ser valorizado enquanto capital." (*)


Deu no O Globo de 04 de setembro de 2011: “Bancos ricos, governos pobres”, Bruno Villas Boas.
Quase três anos após a quebra do megabanco de investimentos Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, a crise financeira internacional que teve origem no mercado imobiliário americano com as hipotecas de alto risco, as chamadas subprime, segue abalando mercados e assombrando governos. Os cofres públicos e bancos centrais de todo o mundo já arcaram com US$12,4 trilhões até agora para incentivar suas economias e limpar os estragos provocados por grandes bancos globais. Essa conta se transformou numa dívida explosiva de países, e agora cobra sua conta e derruba as bolsas de valores. As instituições financeiras socorridas na crise, no entanto, estão muito bem, obrigado. Seis dos principais bancos ajudados na crise - Bank of America Merrill Lynch, BNY Mellon, Citigroup, Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Morgan Stanley - lucraram, somados, US$42,4 bilhões no ano passado, aumento de 40% na comparação a 2009. E os bônus dos grandes executivos de Wall Street voltaram, com pagamentos que em um dos casos chegou a US$23,3 milhões.

- O problema dos bancos com a dívida imobiliária foi absorvido, e eles voltaram a ser lucrativos, na maioria dos casos. A crise que era de empresas e bancos transformou-se agora numa crise de governos, principalmente em países como Grécia, Portugal e Irlanda, e provavelmente Espanha e Itália, que precisaram socorrer suas economias. Nos EUA, a dívida ganhou uma dimensão explosiva e está em níveis preocupantes, ainda que a solução preocupe menos do que na Europa - afirma Carlos Langoni, ex-diretor do Banco Central e economista da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) compilados pelo GLOBO, a dívida bruta dos países do G-7 - os mais ricos do mundo, entre os quais EUA, França e Itália - cresceu de US$35,3 trilhões em 2009 para US$41,26 trilhões em 2011, um aumento de 16,7%. No mesmo período, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelos países) desse grupo avançou apenas 1,36%, considerando projeções do Fundo. Dessa forma, o endividamento dos países passou a representar 118,2% do PIB.
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Bancos voltam a pagar bônus gordos e o risco nas medidas de austeridade

Nesse embalo, o presidente do Bank of America, Brian Moynihan, recebeu cerca de US$10 milhões em 2010, segundo jornais americanos. O do Citibank, Vikram Pandit, que por dois anos ficou com salário simbólico de US$1 enquanto tentava pôr o banco nos trilhos, passou a receber US$1,75 milhão no ano passado. Em maio, Pandit levou mais US$23,3 milhões pelos excelentes resultados do Citi, a serem pagos nos próximos quatro anos. No Reino Unido, a situação é semelhante: o Royal Bank of Scottland deve pagar 1 bilhão de libras em bônus.

Enquanto isso, os países da zona do euro lançam programas de austeridade fiscal para estancar a crise de confiança em seus títulos soberanos, o que é fundamental para refinanciar suas dívidas. Segundo Luiz Roberto Cunha, professor da PUC-Rio, ao recuperar a confiança de investidores e empresas, os países pretender incentivar investimentos e gerar empregos. O problema é que, ao cortar gastos, empurram ao mesmo tempo suas economias para uma recessão.

- Isso pode criar um círculo vicioso e exige um ajuste fino. Não está na hora de austeridade, mas de investimentos, de fazer a economia funcionar, gerar empregos. O problema é que quem está comprando os títulos desses países, como a Grécia e Irlanda, são os contribuintes de Alemanha e França. E eles querem contrapartidas fiscais dos vizinhos - afirma Cunha.

Na visão de Cesar Benjamin (Folha de São Paulo, 20/09/2008):
Muito melhor é acumular capital sem retirá-lo da condição de riqueza abstrata, fazendo o próprio dinheiro render mais dinheiro. Marx denominou D - D essa forma de acumulação e viu que ela teria peso crescente. À medida que passasse a predominar, a instabilidade seria maior, pois a valorização sem trabalho é fictícia. E o potencial civilizatório do sistema começaria a esgotar-se: ao repudiar o trabalho e a atividade produtiva, ao afastar-se do mundo-da-vida, o impulso à acumulação não mais seria um agente organizador da sociedade.
Se não conseguisse se libertar dessa engrenagem, a humanidade correria sérios riscos, pois sua potência técnica estaria muito mais desenvolvida, mas desconectada de fins humanos. Dependendo de quais forças sociais predominassem, essa potência técnica expandida poderia ser colocada a serviço da civilização (abolindo-se os trabalhos cansativos, mecânicos e alienados, difundindo-se as atividades da cultura e do espírito) ou da barbárie (com o desemprego e a intensificação de conflitos). Maior o poder criativo, maior o poder destrutivo.
O que estamos vendo não é erro nem acidente. Ao vencer os adversários, o sistema pôde buscar a sua forma mais pura, mais plena e mais essencial, com ampla predominância da acumulação D - D. Abandonou as mediações de que necessitava no período anterior, quando contestações, internas e externas, o amarravam. Libertou-se. Floresceu. Os resultados estão aí. Mais uma vez, os Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas. Karl Marx manda lembranças.

Resumo da ópera: e quem pagará a conta da crise de 2008? Os governos?

Não. Seremos nós mortais trabalhadores e pagadores de impostos.

Edson Pereira Cardoso, setembro de 2011
(1) K. Marx, Manuscritos de 1857-1858, Paris, Editions sociales, 1980. A crise de 1857 começou com um colapso bancário em Nova York e depois espalhou por Áustria, Alemanha, França e Inglaterra. http://www.marxists.org/portugues/bensaid/2009/08/marx.htm#r11 06/09/2011